Lisboa fotodiario (vacaciones y 3)

Lisboa desde el aire en una suave noche de verano.

El gallo y la virgen, el Portugal tópico y católico.
El Portugal reivindicativo, las casas caras para los bajos sueldos, pero muchas están vacías.
Azúcar y canela a gogó para los pasteles de Belem. Cuidado no te atragantes.

Los pasteles de Belem, exquisitos, dosis de felicidad crujiente y cuajada. Pero hacerlos no da la felicidad.
Ler Devagar, la librería del complejo Factorylx, viejas fábricas abandonadas que han sido recuperadas para la cultura en la zona de Alcántara. Lisboa se abrevia lis, pero a los modernos les ha dado por llamarla lx.
Artefacto. Venta de arte naif.
Este tipo de casas se encuentran en algunos barrios de Mumbay, que fue fundado por los portugueses, boa bahia pasó a ser Bombay como alisa bona pasó a Lisboa
La céntrica casa del Alentejo, un palacete para refugiarse del turisteo que invade lazona.
El Centro Cultural de Belem, expos, conciertos y galerías . La cultura oficial.

Muchas chimeneas en el skyline lisboeta.
Toda una serie de sardinas tuneadas se han publicado en junio para las fiestas locales.

Ginjinha, el garito donde los marineros se tomaban un licor de cerezas antes de reencontrarse con sus mujeres.

Vista de Lisboa desde el Chapiteâu, el bar de una asociación de malabaristas y teatreros que empezó hace 25 años en plan modesto y ahora se ha montado en el dólar gracias a los turistas y que está al lado del castillo (que siempre había tenido entrada libre y ahora está a 7 leurix)
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe
de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos
nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
Arte en la calle. Bajando del castillo, el barrio de Mouraria, lástima no quedarme con el nombre.
Las vecinas del barrio de la Mouraria,, vistos por uno de ellos.

Restaurante malayo, Malaca. El único que abre en Factorylx los domingos.
El Malaca, ricos curris malayos con leche de coco. Las raciones son pequeñas.
Los largos atardeceres en Lisboa no tienen parangón, el sol rebota en el oceáno desde América antes de esconderse recogiendo una paleta de colores única que flota en los miradores (este es el de Graça).
El miradouro de Santa Catarina, refugio de los alternativos locales que huyen del masificado barrio alto
Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.

Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,

Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés -
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ....
El miradouro de Santa Catarina con su estatua del Adamastor, en una foto vintage encontrada en la red.
Poesía hasta en el asfalto. Fernando Pessoa en Belem.
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois
Que vem a chiar, manhãzinha cedo, pela estrada,
E que para de onde veio volta depois
Quase à noitinha pela mesma estrada.

Eu não tinha que ter esperanças — tinha só que ter rodas ...
A minha velhice não tinha rugas nem cabelo branco...
Quando eu já não servia, tiravam-me as rodas
E eu ficava virado e partido no fundo de um barranco.

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.

O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.

Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
Sabiduría popular, planchado y secado simultáneos.

Nos gustó la cerámica de Olaria, en la Rua do Salvador.

Publicidad del fado en la Alfama, no he conseguido averiguar quien se lo curra y para qué.

La vida es el viaje...

El menú, sopa de nabos 1,10. Carnes, pescados y tortillas a 5 con ensalada y verdura.

El 99% de los turis se concentran en el 1% de los espacios.

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem por que ama, nem o que é amar...
El Alfama Patio Hostel, tenía muy buena pinta pero al final no lo pillamos.
Não basta abrir a janela
para ver os campos e o rio.
Não é o bastante não ser cego
para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

El Sol e Pesca un retrobar en la zona de cais do sodré, detrás del mercado.

Amália una leyenda para todas. Hoy se mezcla con electro y con rock. Todavía no he visto stencils de Concha Piquer con guitarras. Sigo esperando la versión definitiva de su "Tatuaje".
Todos los poemas incluídos en esta entrada son de Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa. No me imagino stencils de poetas en las calles españolas.

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
Ellos se bajan al bar, ellas a la pastelería.
Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.

Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,

Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés -
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...

Lisboa, mediterránea y atlántica a partes iguales.

El crecimiento portugués es cero hace más de una década. Pero en la calle se nota más vidilla, las calles están llenas de mensajes.
Esnupi, un vecino simpático.
El tiempo parece no pasar, no hay pasta. Los políticos han llevado el país a la ruina y no pasa ni media.
En verano a la hora e la siesta las calles están vacías. En Portugal se come a las 13 horas.
1 Portugal en venta. 2 Rescatando la utopía. 3 Pienso luego amo. 4 Los adultos que creen en amigos imaginarios son burros.
1 Lisboa a tu bola. 2 La guerra del amor. 3 El amor mata 4. Macbuda obeso.
Casacada de palntas
La tarea de rahab
Este señor sigue arreglando aparatos de sonido a mano.

Radio Sâo Bento
Rua dos Caetanos
Cascais, playa.                                Passou a diligência pela estrada, e foi-se;
E a estrada não ficou mais bela, nem sequer mais feia.
Assim é a ação humana pelo mundo fora.
Nada tiramos e nada pomos; passamos e esquecemos;
E o sol é sempre pontual todos os dias.
Procuro despir-me do que aprendi
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu...

Comentaris

yraya ha dit…
Menudo paseo nos has obsequiado, precioso.
Conozco Portugal, pero no todos esos pueblecitos y rincones que nos deja por aquí.
Un abrazo
Javier Peñarroja ha dit…
Muy grande! fui en Mayo y disfruté. Carminho aterrizó en este planeta justo en Lisboa.
ka ha dit…
carminho es muy grande, te recomiendo el blog que escribió cuando dio la vuelta al mundo, mientras sabía que iba a ser famosa... soldadosdocozido... bueno, acabo de ver que ya no es público, qué pena

era mi visita número 40 a lisboa, la primera tras hacer un curso de foto...
Calamar ha dit…
Qué recuerdos más maravillosos tengo de nuestro viaje a Lisboa... Mmm... Pasteis...

Un beso.
Sandra
profeta ha dit…
hey, los otros blogs los tengo congelados, porque con lo de IS, el rumano, el arabe y el xino y ademas tengo mas curro no me da tiempo. No conocía este blog, fotos excelentes las de nepal e india, escribeme asi quedamos pa lo de integracion que tengo cosas pa darte. este es mi email no oficial pero de ahi se reenvia.
jaumevlc@hotmail.com